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domingo, 26 de setembro de 2010

Cães


"Ninguém pode se queixar da falta de um amigo, podendo ter um cão." 
(Marquês de Maricá)



Não sei se alguma vez eu pude comentar e escrever a respeito do amor incondicional que tenho por animais, em especial pelos cachorros, sim, os cães, eles são como membros da família, incomensurável o valor de um animal, que torna nossas vidas muito mais alegres, nossos dias mais felizes, o amor que nos é oferecido por um cachorro não tem explicação, não tem porque, na verdade eles nem esperam nada em troca, são felizes pelo simples fato de terem um dono, sei lá, não sei se estou me expressando bem, mas quantas vezes a gente observa moradores de rua com um amiguinho sempre ao seu lado, o que essas pessoas podem oferecer de conforto, de regalias a um pobre animalzinho? Normalmente nada, mas ainda assim, eles são fiéis, idolatram seus donos... a expressão que o cão é o melhor amigo do homem não é por acaso... eu mesma, quantas vezes deixei de dar a atenção merecida aos meus, ou então fui rude com eles, desprezando-os, talvez por estar nervosa, estressada, cansada, sei lá, mas ainda assim, eles nunca me negaram uma abanada de rabo, um lambida para demonstrar seu afeto!!!

Puppy Wrapped In A Towel

"Cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio em suas relações." 
(Sigmund Freud)

Primeiro dia de Bob em casa!

"A razão de eu amar tanto o meu cachorro é porque quando chego em casa ele é o único no mundo que me trata como seu fosse 'Os Beatles'."
 (Bill Maher)

Foxhound Dogs Jumping Barb-Wire Fence

Acabo de perder mais um amigo "membro da família", há poucos minutos, depois de muitos dias (até meses para ser sincera!) lutando para viver mais alguns momentos junto de nós, lá se foi o Bob... a história do Bob é bem engraçada, tinha que ficar com a gente mesmo, há onze anos esse lindo cocker spaniel estava perdido há dias vagando perto de nossa casa, por dias ele passava, ia e voltava, sempre alegre, sempre feliz, minha avó que é apaixonada por cachorros assim como eu (embora não adimita... acho inclusive que esse amor que tenho pelos animais vieram dela e de meu avô!) não resistiu e o colocou para dentro, por alguns dias anunciamos na rua e até em outros veículos de comunicação disponíveis na cidade (moro em uma cidade de aproximadamente 20.000 habitantes!) porém ninguém demonstrou estar sentindo falta daquele pobre cachorrinho, ele aparentava ter de dois a três anos, não mais nem menos, estava muito bem cuidado, sem nenhum parasita e com a tosa perfeita, a primeira vez que ele entrou dentro de casa, viu um sofá e nem titubeou, já se jogou e ali mesmo se ajeitou como se tivesse encontrado o que procurava, acreditamos que seus antigos donos deixavam ele dentro de casa e sempre subir em cima de sofás... a felicidade dele era contagiante, o rabinho, ou melhor dizer o que restou dele, uma vez que fora cortado bem curto, chegava a chacoalhar o corpo todo nos momentos de euforia, e lá vinha ele choramingando e implorando por um pouco de carinho, ele era muito chorão, mas chorava de alegria, não gostava de ficar sozinho e sempre teve um companheiro(a) junto a ele, que na verdade só atormentaram a vidinha dele, o primeiro amigo que a gente arrumou para ele foi um pastor alemão, chamava-se Thor, esse pastou fazia da cabeça do pobre Bob seu brinquedo, nunca machucava ele, mas deixava ele cansado de tanto atormentar, mas mesmo assim tinham seus momentos de companheiros inseparáveis, em suas aventuras nas caças aos bichos que entravam no terreno em que ficavam (que aliás era o seu pequeno paraíso!), em uma dessas caçadas, dessa vez em busca de um ouriço do mato, quase perco os dois de uma vez, o Thor não resitiu ao veneno e a dor dilacerante de arrancar os espinhos que tinham atingido todo o seu corpo, mas o Bob, ahhh o Bob, o pobre estava todo cheio de espinhos, por todos os lugares possíveis e imagináveis e ainda assim resistiu bravamente sem nenhum dando à sua saúde... com a perda do Thor, levamos algum tempo para arrumar outro cachorro, até que um belo dia, aconteceu a mesma história com uma vira-lata muito simpática e terrível que é a Teti... minha avó não resistiu ao ver ela perdida e colocou ela pra dentro para fazer companhia ao Bob... e mais uma vez esse pobre cãozinho sofreu, ela agarrava em sua longas orelhas e fica pendurada, quando não ficava pulando em cima dele para brincar, deixando meu pobre velhinho cansado... mas ele amava tanto um quanto o outro... no ano passado foi a vez da chegada de mais um integrante da família, o Chilique, mas esse não ficava no mesmo quintal que eles e não teve tanto tempo de atormentar a vida do meu bebezinho chorão, chorão e fujão... como ele adorava dar as suas escapadinhas... e que escapadinhas, ficava horas zanzando pelo bairro, a procura de novos postes, arvores e afins para deixar seus hormônios espalhados, quem sabe na esperança de encontrar uma namoradinha né? Há aproximadamente dois anos, os sinais do tempo começaram a aparecer, os pelos brancos não eram tão notados devido a cor da pelagem dele, caramelo com alguns traços brancos, porém os olhos foram os primeiros a se despedirem, ficou cego com uma rapidez impressionante, e quase perdeu um dos olhos devido a pressão intra-craniana, que procuramos cuidar da melhor maneira possível, a cegueira era inevitável, novos desafios estavam por vir, em um terreno muito grande e cheio de obstáculos era complicado a adaptação às suas novas condições... mas ele não se entregava tão facilmente, e mesmo as vezes esbarrando aqui e ali ele seguia bravamente em busca de nossos sons... era praticamente um cachorro obeso... sim, um gordinho lindo, adorava pão, e claro, suas bolachinhas de café da manhã (minha avó que cuidou dele e fez o favor de mimar ele, ele tinha refeições como gente!), após a perda da visão o inevitável, a perda da audição, o pobre já não ouviu mais os sons que tanto o alegravam... mas ainda assim percebia nossa presença ao longe devido ao seu ótimo olfato... e chorava para sabermos que ele queria alguma coisa, no caso, sempre nossa atenção... há três meses, mais ou menos, bernes tomaram conta dele, minha mão ficou dias tratando e arrancando um por um, para se ter uma idéia da gravidade, em um único dia ela chegou a extrair mais de 20, e bem grandes, foi quando eu pensei pela primeira vez em sacrificá-lo, não consegui entender que deixariamos os bichos comer ele vivo, e pelo amor que eu sinto por ele, deixei meu egoísmo de lado e comecei a pensar firmemente nessa idéia, porém, minha mãe e minha avó se recusavam, queriam que a natureza cumprisse seu papel... há uma semana ele já não estava mais aguentando, parou de comer, bebia pouquíssima água e não se aguentava, mal podia arrastar a velha carcaça, outrora tão viva e alegre, incansável, eram seus últimos momentos, ontem, no final da tarde apliquei a última injeção de vitamina, era o máximo que podíamos fazer, não sei nem se apliquei no músculo, porque não conseguia mais identificar se tinha algum músculo ali... ele era só pele e osso... literalmente! Hoje, ao acordar, meu irmão pediu para eu dar uma olhada nele porque ele não estava bem, estava chorando há horas e não tinha levantado hora nenhuma... ao chegar na casinha dele, percebi que não tinha mais nada a fazer, a não ser passar meu últimos minutos ao lado daquele que só esperava isso de mim, minha atenção, fiquei ali, por no máximo dez minutos, foi o que eu aguentei, não conseguia olhar mais para ele e ver o quanto estava sofrendo, agonizando, lutando por mais alguns minutos junto a nós, enquanto estive pertinho dele, comecei a rezar, clamando a Deus para que não o deixasse sofrer mais, e indagando o porque, porque ele tinha que sofrer tanto, não poderia morrer e pronto e acabou, sem dor, sem nada? Porém, apesar de todo esse sofrimento, a sua expressão continuava serena, como se tivesse cumprido com mérito sua missão junto a todos nós que acompanhamos toda a sua jornada... saí e fiquei por uma hora mais ou menos longe de casa, ao retornar veio a notícia, lá se foi o meu amigo, um dos meus melhores amigos, o que mais tempo passou junto a mim até agora... e assim mais uma vez a vida nos mostra o quanto são preciosos pequenos momentos, não pude vê-lo morto, não quis, não resistiria, a minha última lembrança é a dele levantando seu pescocinho, num esforço titânico para acompanhar meu cheiro o deixando lá sozinho, para finalmente cumprir sua jornada, não sei se queria ter estado na hora de seu último suspiro, porém, aprecie um pouquinho do fiozinho de vida que lhe restava... e essa é uma pequena parte da história da vida do meu grande amigo Bob... que chegou em casa no dia 30 de Outubro de 1999 e nos deixou hoje, dia 26 de Setembro de 2010... tivemos momentos inesquecíveis juntos, alegrias, momentos de euforia, desespero (nas fugas malucas e alucinadas dele...) que serão lembradas eternamente, assim como o Alf, o outro Bob, a Susi, o Thor e mais alguns amigos que passarão por minha vida e me fizeram admirar tanto esse animal incrível que são os cães... cães são sempre felizes, não são como nós que sentimos mágoa, ódio, rancor e outros sentimentos negativos que não nos levam a lugar algum, se pudessemos ser pelo menos metade do que eles são, tenho certeza que teríamos um mundo maravilhoso, cheio de amor e respeito!

"Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz."
 (Milan Kundera)

Momentos Eternos - 2002

"Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais e nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a Humanidade."
Leonardo Da Vinci


Bulldog Watching Goldfish

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