No dia em que recebi a edição da Elle de Dezembro em deparei com uma matéria super legal... uma retrospectiva da primeira década desse novo século... porém, dia vai, dia vem, coisas inesperadas acontecem em nossas vidas, aquela correria básica de final de ano e acabou que eu perdi a revista e me esqueci de colocar aqui pra vocês um post decente que pudesse ilustrar quanta coisa bacana aconteceu nesses últimos dez anos... felizmente encontrei uma super matéria, com pessoas gabaritadíssimas falando sobre o mesmo assunto na UOL... beijo beijo beijo...
10 TENDÊNCIAS
Conglomerados de Moda
Foi nessa década que os conglomerados de moda começaram uma corrida desenfreada pela compra de grandes grifes. Fundados em 1980, os internacionais LVMH (Louis Vuitton, Marc Jacobs, Givenchy e mais 60 marcas de luxo) e PPR (Alexander McQueen, Balenciaga, YSL, Gucci, entre outros) foram responsáveis, só em 2009, por vendas que totalizaram 76 bilhões de reais. No Brasil, o mercado de moda foi chacoalhado pelos grupos Inbrands (Ellus, Alexandre Herchcovitch, Richards), AMC Textil (Colcci, Forum, Triton) e o falido I´m, que chegou a comprar Fause Haten, Zoomp e por pouco não faz aquisição de Alexandre Herchcovitch.
Bernard Arnault
O "sobe" e "desce" das calças
Elas começaram baixíssimas no início da década. Nas ruas, influenciadas pela moda e pelas divas do funk carioca, as brasileiras abusaram da combinação de modelos justíssimos com a blusinha de viscolycra, que deixava a barriga aparecendo, com resultados nem sempre favoráveis (nem para o espectador, nem para a dona do look). Na metade da década, a cintura das calças começou a subir e parou pouco abaixo do umbigo, numa altura a prova de barrigas sedentárias. Dois ou três anos antes da década acabar, as cinturas ficaram altíssimas, arredondando os quadris e valorizando as curvas femininas. Nas ruas, porém, esta tendência ainda não pegou e são pouquíssimas as marcas que apostam nas cinturas altas.
As celebridades e a moda
Colaborações
As celebridades deixaram de servir apenas como vitrines ambulantes das caras roupas das grandes marcas. Elas passaram a lançar coleções próprias ou em parceria com empresas, que viram nestas colaborações seu pote de ouro para ganhar mídia espontanea e ampliar a clientela. O mais relevante (e desastroso) exemplo foi a breve parceria entre a americana Lindsay Lohan e a grife francesa Emanuel Ungaro, que durou apenas uma temporada, a do verão 2010, desfilada em Outubro de 2009. Casos bem sucedidos incluem as grifes L.A.M.B., de Gwen Stefani, William Rast, Justin Timberlake, e The Row, das gêmeas Olsen.
Loira = Lindsay Lohan
Mary Kate e Ashley Olsen
A Moda da Internet
"Os blogs de moda formam, hoje, uma espécie de rua mundial. Além disso, qualquer pessoa pode ter acesso aos desfiles em tempo quase real e pode influenciar grupos, definindo estilos de se vestir. As redes sociais dinamizam a troca de informações, popularizando a crítica, que agora tambémm está nas mãos do público.", resume Mariana Rocha. Constanza Pascolato lembra as lojas virtuais e o grande site de busca. "O google foi o começo de uma grande revolução".
Sustentabilidade
"O verde virou moda", diz Lilian Pacce. E ela não se refere a cartela de cores. "O sustentável foi importante não só para o planeta como também no marketing empresarial.", lembra João Braga, que elenca as quatro vertentes da sustentabilidade: a ecoambiental, a social, a cultural e a econômica. "Com a conscientização dessas quatro partes do sustentável, nos anos 2000 houve a valorização do artesanato, da memória cultural e por fim, a preservação ambiental.". Com intenções marqueteiras ou ecológicas (ou ambas), quase todas as grandes marcas produziram pelo menos um modelo de ecobag. A estilista Stella McCartney é o nome mais representativo desta tendência sustentável aliada a moda de luxo.
"Vintages", "Revivals" e Releituras
A moda sempre buscou referência nas roupas de outras décadas e séculos para criar o novo. Basta citar a YSL e seu icônico desfile de 1971, inspirado nos anos 40. Nos anos 2000, essa tática foi levada às ultimas consequencias e praticamente todas as décadas do século passado ganharam releituras. Entre as mais fortes apareceram os vestidos trapézio e o "futurismo" dos anos 60, o romantismo hippie dos anos 70, as franjas e a cintura deslocada dos anos 20, o militarismo dos anos 40, as saias rodadas na altura da canela e a cintura marcada dos anos 50. Já os anos 80 ganharam mesmo um "revival", com blocos de cores, ombros marcados, mangas morcego e bufantes, calças leggings, saias balonês, vindas praticamente tal qual se usava naquela década, em combinações diferentes. A roupa de brecho ganhou outro "status", o da peça "vintage", aquela que conserva em perfeito estado não só seus materiais mas a conexão com a moda atual.
A década do "fast fashion"
Em 2004 a loja sueca H&M, com mais de 2.000 endereços na Europa e nos EUA, lançou uma coleção em parceria com Karl Largerfeld. Foi o estopim de uma revolução que culminaria na instauração da democracia fashion. No Brasil, com preços mais caros em relação ao praticados pela H&M (que cobra cerca de R$40,00 por um vestido com informação de moda), a holandesa C&A e a brasileira Riachuelo investiram em parcerias com estilistas famosos, inspirados pela "mãe" do "fast-fashion". Assim, o movimento decretou o fim da distinção evidente entre uma boa parcela das classes sociais por meio da roupa. A espanhola Zara, mais cara que a H&M, é o outro gigante deste movimento, com lojas em várias partes do mundo, incluindo o Brasil.
Moda autoral
"A principal tendência dos anos 2000 foi a pulverização e a personalização da moda", acredita Constanza Pascolato. "Houve a valorização por quem está por trás das marcas", complementa João Braga. A valorização da moda autoral surge em contraposição a massificação da informação de moda, graças ao acesso aos desfiles pela internet e à moda barata, por meio das lojas de "fast fashion". Assim, a estilista Phoebe Philo, por exemplo, levanta a bola da Chloé (ela assumiu a direção criativa da grife em 2001), que logo perde o encanto assim que a designer muda-se para a Cèline (onde está desde o final de 2008), que, antes meio apagada, torna a causar auvoroço.
"Made in China"
Nos anos 2000, até "Made in Italy", foi feito na China. Graças a regras bem convenientes, bastava que apenas o acabamento da peça fosse feito no país cujo nome vai aparecer na etiqueta. Representada pela gigante da economia emergente mundial e facilitada pela globalização, a tática de confeccionar roupas e acessorios de marcas conhecidas no país onde a mão-de-obra for mais barata (Turquia e Bangladesh estão na lista) marcou a década que passou.
"High-Low"
Mesclar, em um único look, peças de grifes de luxo com outras baratas, sejam elas de brecho ou de redes de "fast fashion" é um presente dos anos 2000 aos nossos guarda-roupas. Impulsionada por famosas como Sarah Jessica Parker e Angelina Jolie, a tendencia traz total liberdade de combinações, uma boa economia, mas também exige um senso de estilo pessoa mais apurado.
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